segunda-feira, março 20, 2006

Um perfil de Arcos

Apenas 67 de anos de emancipação político-administrativa e o município de Arcos já se destaca na região Oeste de Minas Gerais pelo desenvolvimento acelerado.
Com uma área territorial de 510 quilômetros quadrados, uma população estimada em 35.390 habitantes a cidade é a 26º colocada em Minas Gerais no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com um percentual de 0.808. A nível nacional, o IDH de Arcos fica em 410º lugar entre os 5.560 municípios do Brasil, de acordo com os critérios de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
Conforme os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do censo de 2002, a cidade tem o PIB (Produto Interno Bruto) somado em R$ 235.269 e o PIB per capita em R$ 7.531.
A principal base da economia do município é a industrialização, que se iniciou com as fábricas de curtume, manteiga, pente, violino, aguardente e serrarias. Depois, descobriu-se a riqueza do subsolo, e vieram as indústrias extrativas. Como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), produtora de aço, que adquiriu a jazida, em 1956, e iniciou a operação em 1977 e está em atividade até hoje. Além da CSN, no município existem as indústrias Lafarge Cimentos, a Imerys, Lagos, Itaú, Agrimig, Arcal, Mineração João Vaz Sobrinho e Calcinação Cazanga. No setor educacional, Arcos é referência na região pelo grande número de escolas: dez municipais, seis estaduais e nove particulares (do ensino infantil ao pré-vestibular), além de ter duas universidades, a UNIPAC (Universidade Presidente Antônio Carlos) que oferece o curso Normal Superior e a PUC (Pontifícia Universidade Católica) que é a maior universidade privada do estado e a quinta do país em número de alunos.
Com 46 anos de história em Minas há seis anos a PUC instalou o campus em Arcos. Atualmente, a universidade oferece cursos de graduação nas seguintes áreas: Administração, Comunicação Social, Direito, Psicologia e Sistemas de Informação e de pós-graduação na mesma área, com exceção de psicologia.
A cidade tem uma grande população flutuante devido a esta gama de possibilidades que oferece para estudantes da região. Para se ter uma base só da PUC são mais de 2.300 estudantes de mais de 50 cidades e 131 professores. Muitos residem em Arcos no período letivo, contribuindo para o desenvolvimento cultural, econômico e social do município.
Apesar de a cidade ter uma potencialidade turística pouco explorada, ainda pode-se fazer belos passeios pelo Poliesportivo Municipal conhecido pela piscina olímpica e pelo parque, onde se encontra um cenário florestal, tucanos, micos e coelhos as soltas e também pelo Corumbá, área ambiental e industrial, onde se localizam as pedreiras de calcário, o Núcleo Museológico e a Estação Ecológica. As pessoas também podem se entreter com os espetáculos de dança e teatro nacionais e regionais que acontecem no anfiteatro da Casa de Cultura.


Um breve histórico


Consta no histórico do município, que Arcos foi fundado em 1729 pelos irmãos Manoel Ribeiro de Morais e Antônio Ribeiro de Morais, porem foi no dia 17 de dezembro de 1938, através do decreto-lei estadual de nº 148, assinado pelo governador Benedito Valadares, que o distrito tornou-se município, e deixou de ser subordinado a cidade de Formiga. O primeiro prefeito da cidade foi o coronel José Ribeiro do Vale.
Em 1829, construiu-se a primeira capela, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Concluída a construção, formou-se um arraial, que por ato da Câmara Municipal de Formiga, aprovado pela Lei Provincial nº 239 de 30 de novembro de 1842, tornou-se distrito. Em 1853, foi inaugurada a primeira Igreja matriz de Nossa Senhora do Carmo, em 12 de novembro de 1916 foi instalada a primeira escola e em 1931 o primeiro grupo escolar.
No ano de 1939, a cidade tornou-se servida por água potável, canalizada, dispondo de um depósito de 100.000 litros. A nascente da água captada ficava a 5 Km da sede municipal.
A data “16 de julho” é o dia da Festa da Padroeira de Arcos, Nossa Senhora do Carmo. Durante muito tempo foi considerado o Dia da Cidade, mas com a promulgação da Lei Orgânica Municipal, em março de 1990, que formalizou o Dia da Cidade em 17 de dezembro (data de emancipação política do município), as festividades se desencontraram.
Mas como é difícil a lei revogar a tradição e desmanchar as marcas na vivência popular, a população continua, comemorando as duas datas no mesmo dia 16 de julho. Este é o dia de festa na cidade, em que acontecem desfiles, gincanas e solenidades religiosas.


A origem do nome


A origem da toponímia “Arcos” é contada em cinco versões. A versão mais comum é mais conhecida pela população, é de que os tropeiros deixavam os arcos de barril na passagem do córrego para indicarem o rumo da estrada boiadeira que seguia para o sertão da Farinha Podre (Triângulo Mineiro).
A segunda é a abundância das palmeirinhas, uma planta semelhante ao bambuzinho, com lascas apropriadas à confecção dos arcos de peneiras.
A terceira: o Córrego do Gracindo fazia barra com o dos Cristais em forma de forquilha, no lugar onde nasce o Rio dos Arcos, que banha a região, fazendo uma curva semi-circular. Quarta: a maneira antiga de designar os inimigos numa expedição dos caçadores de índios: “tantos arcos”, ou seja “tantos índios armados de arcos”.
A última versão e mais crível é devido à procedência lusitana dos colonizadores da cidade, egressos do Arquipélago do Açores (que se chamava Arquipélago das Formigas), de possessão portuguesa. O nome Arcos, afirma Xavier Fernandes, no livro “Topônimos e Gentílicos” é comum na toponímia de Portugal, onde aparece espalhado por cerca de vinte concelhos.

Fonte: Livro "História de Arcos"

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