sábado, fevereiro 17, 2007

Escrevo no seu corpo quando a minha tinta è saliva
E quando meu corpo é papel
Palavras que fogem ao meu bom senso
e ao meu bom juizo
Escrevo, porque sou gràfica
porque sinto
e nao sei falar
Escrevo, porque è aliviar-se
Escrevo, porque meu estado é gasoso
Escrevo, porque sei ver-me ao espelho
A minha voz é contradiçao
Escrevo, porque sei contradizer
Escrevo no seu corpo, quando a tinta extrai-se dos meus olhos
E meu corpo é seda...
Escrevo, porque as palavras nao estao prontas...

2 comentários:

Anônimo disse...

Isto é uma clara provocação à cultura e costumes portugueses!

Júlia Amorim disse...

Cláudia: as palavras trazem lembranças... o corpo escrito a palavras, linguagem dita ou não dita, atravessa espaços constitutivos do ser e expõe-se como enunciação autoreflexiva a se desdobrar em redes hipertextuais marcadas pelo discurso coletivo como produto da subjetividade. Humana, humano...