sexta-feira, janeiro 26, 2007

Meus documentos: "Minhas subjetividades"

Aquela pasta no computador poderia dizer mais sobre ela do qualquer amigo, familiar ou grupo sanguíneo. “Subjetividades” era o nome daquele arquivo determinado, provavelmente, por algum código que eu queria desvendar; eu desejava clicar para descobrir em poucos minutos o que seria aquela particularidade intitulada por aquela palavra tão curiosa. O que será que aquela pasta continha? Lista das 10 coisas mais importantes que desejava fazer antes da morte? Um manual de instrução, talvez! Isso se fosse eu estaria feito (PENSANDO) Não, mas não poderia ser nada disso, ela não faz esse gênero... Mas “subjetividades”!? Por que dar este nome a um arquivo virtual? Só poderia ser confissões...Mas não era algo tão estranho, afinal se o computador é pessoal e se tem lá em “Meus documentos”: “Minhas músicas”, “Meus livros”, “Minhas imagens”, “Meus vídeos”, por que não criar uma nova modalidade: “Minhas subjetividades”? Era original, tinha-se que propor tal vanguarda para os criadores de softwares. As pessoas passam horas em frente ao PC lidando com uma tela que já passa a ser uma extensão do corpo humano, que substitui seres humanos e cérebros humanos. Mas o que eu queria mesmo era abri-la, penetra-la em seu íntimo, era o tempo, pois ela havia saído rapidamente. Mas e se eu deixasse de gostar dela depois de descobrir o seu íntimo. Não, não... Eu não queria abrir aquele arquivo. Seria uma terrível invasão de privacidade, porém era a minha chance de saber mais, era a minha oportunidade de tirar dúvidas. Estou confuso. Eu quero. Não preciso ler, assim não serei tão mal educado. Posso dizer que abri sem querer. Acontece tanto. Minha mão deslizou... ops... Saberei logo o que contém por ver os ícones e também pelos títulos. Não preciso ler. Cliquei!Ah, ele não havia percebido, a pasta “subjetividades” não era a pasta com o nome mais curioso, ao contrário era a mais simplista e menos excêntrica. Não há nada, não há arquivo nenhum!Totalmente frustrado, mas consolado pela chegada dela, ele pergunta-lhe, intrigado, o porquê de se ter um arquivo com aquele nome e nada nele conter. E ela, como quem já havia previsto o passeio alheio no computador, disse calmamente, sem se alarmar com a indiscrição: simplesmente para eu lembrar-me todos os dias que a minha subjetividade não cabe dentro de uma máquina!

Um comentário:

Anônimo disse...

eii hola.. yo estoy intrigado por que significa "subjetividades", pensamienots?¿..
um beso