terça-feira, janeiro 30, 2007

Casa com casa... vem ao caso...


Sinto falta daquele livro que estava sobre a mesa, que fazia-me pensar e entender o porquê de eu tanto gostar de ler
Sinto falta daquela casa, com cheiro à sexo e com paladar à família
Sinto falta daquele quarto e daquela vista que traziam-me à tona a felicidade
Sinto falta daquela escada, daquele assoalho
Do soar dos seus passos
E da sua queda nos meus braços
Do seu traço na pele
Tudo agora é fé
Mas cá só tenho café
Agora, só quero uma casa com jeito e gesto...
Com mel nas paredes, com sotaque nas luzes e com veracidade no ar
Quero você na casa com jeito e gesto de estátua
Entretanto, ainda sentirei falta daquele livro que estava sobre a mesa
daquela foto que esqueci-me na janela
E dos seus riscos na parede do nosso quarto...
Eu quero uma casa com jeito e gesto
Mesmo que isto pareça indigesto...

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito... depois da tempestade é preciso vir qualquer coisa, mesmo que não seja bonança. Gostei muito. Beijinho

de Pina disse...

Ele já anda a rondar!... Depois da tempestade que venha mais tempestade. Não gostei, soa a ofensa dissimulada ao povo português. Mas é melhor eu nem dizer mais nada ou ainda me acusam de ser esquizofrénico, xenófobo e sei lá que mais...

Anônimo disse...

As tempestades hào de matar as ervas daninhas...

Anônimo disse...

E mais: não confundamos o público com o privado, e o privado com o público...